5 de agosto de 2015

Tendências na gestão de talentos



Tommaso Russo

Com ou sem crise, as lideranças das empresas estão sendo desafiados cada vez mais por um ambiente de negócios extremamente dinâmico e volátil. O panorama do mercado é marcado pelas inovações tecnológicas, pelas mudanças nos hábitos dos consumidores e clientes, pela falta de talentos e por grandes variações entre regiões, o que exige o nosso melhor a cada dia para ter uma chance de sobrevivência.

O RH está no epicentro do terremoto

De forma alguma imune a essas pressões, muitos pensadores argumentam que o RH está no epicentro desse ambiente dinâmico. Sem dúvida, é tempo para os líderes do RH assumir seu papel como parceiro verdadeiramente estratégico para apoiar as organizações na formulação e enfrentamento desses desafios.

Para atingir essa condição, no entanto, RH deve possuir uma visão clara de suas competências, suas prioridades para os próximos três a cinco anos e idéias para desenvolver ações para melhorias.

A Boston Consulting Group pesquisou executivos a nível mundial para medir a situação atual e prioridades futuras relativamente a 10 tópicos de RH e as conexões entre a gestão de pessoas e o desempenho econômico das organizações (*). Algumas conclusões são apresentadas a seguir.

As Seis Tendências fundamentais na gestão de talentos

As competências do RH estão correlacionadas com o desempenho da organização. Companhias que possuem competências sólidas em programas de RH – tais como gestão de talentos e lideranças; motivação, gerenciamento de comportamentos e da cultura; a estratégia, planejamento e análise de dados – possuem desempenho financeiro significantemente superior que organizações menos desenvolvidas nesse aspecto.

Indicadores e dados analíticos fazem RH participar das decisões da alta administração. Existe uma forte relação entre a utilização de indicadores (KPIs) e o papel estratégico de RH. Se o RH quiser participar das decisões estratégicas do negócio, deve ser capaz de quantificar e analisar o desempenho da força de trabalho. Isso vai além de dados básicos, como custo e headcount, caminhando no sentido de indicadores relativos a resultados, tal como a produtividade.

Os indicadores devem estar conectados às ações estratégicas. Mesmo organizações de alto desempenho, que normalmente são focadas em dados, não usam extensivamente indicadores na formulação de suas estratégias. Priorizar e selecionar indicadores e ferramentas de análise é necessário para a obtenção de resultados superiores.

Gestão de talentos e da liderança são as ações mais urgentes. A maior parte dos participantes da pesquisa, em todo o mundo, identificou a liderança, a gestão de talentos, comportamentos e cultura, estratégias para as pessoas e para o RH, engajamento dos colaboradores e planejamento estratégico da força de trabalho como os tópicos mais urgentes que demandam ação por parte das companhias.

O RH deve ser mais consistente em suas decisões de investimentos. Muitas organizações devem investir mais estrategicamente para que RH construa suas competências. Entre os 3 tópicos de RH identificados como mais críticos, as competências atuais foram consideradas como medíocres nas empresas e não estão recebendo os investimentos específicos para melhoria.

O RH deve ouvir mais seus clientes internos. Os participantes da pesquisa fora da área de RH identificaram uma necessidade de atuar pesadamente em aproximadamente em 40% dos tópicos relativos a pessoas, particularmente nas competências fundamentais de RH, tais como no desenvolvimento de seus próprios profissionais e na comunicação interna.

Três características de um grande RH

Através da análise de uma grande quantidade de dados qualitativos e quantitativos, o estudo identificou 3 aspectos que caracterizam um RH de alto desempenho em suas atribuições:

Conexão com os stakeholders internos e externos à companhia de forma a melhorar o desempenho operacional e financeiro.

Priorizar suas ações utilizando fatos e dados para identificar e focar as necessidades mais urgentes da companhia em termos de pessoas.

Utilizar indicadores e ferramentas de análise para apoiar a organização em seus objetivos estratégicos.







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