25 de setembro de 2013

Por que os colaboradores realmente deixam as empresas? (Dica: não é por dinheiro)



Tommaso Russo

Existe uma diferença significativa entre o  que os gestores acham que as pessoas deixam as empresas e por que eles realmente vão embora (veja gráfico abaixo)

Por que existe essa discrepância? Basicamente por 3 motivos, segundo dados apresentados no livro The Seven Hidden Reasons People Leave :

  1. A maioria das pessoas (53%) sai das empresas por fatores internos das empresas (má gestão, cultura inadequada, etc.) do que por fatores externos (10%) tais como melhores oportunidades, mudanças de cidade, etc.
  2.  Os gestores não querem acreditar que possuem responsabilidade na saída de seus subordinados
  3.  Nas entrevistas de desligamento, as pessoas querem manter as portas abertas e não são sinceras sobre os reais motivos pelos quais estão saindo, alegando que é por terem recebido ofertas com maiores salários.
Apenas o salário ou melhores benefícios não resolvem o problema de colaboradores que se sentem desvalorizados e não reconhecidos. Ser ignorado ou, ao contrário, não possuir autonomia no trabalho são igualmente prejudiciais para a motivação e retenção das pessoas. 61% dos colaboradores que estão procurando empregos em outras empresas estão insatisfeitos com a falta de reconhecimento, enquanto 78% que receberam algum tipo de reconhecimento nos últimos 6 meses declaram que “adoram seu trabalho”.
Algumas conclusões:

  1. Utilizar metodologias ou ferramentas que forneçam ao RH informações mais confiáveis- entrevistas de desligamento feitas por alguém de fora da empresa (uma consultoria, por exemplo) tendem a fornecer respostas mais sinceras por parte dos colaboradores. Alternativamente, o RH deve realizar “entrevistas de permanência” para aquelas pessoas que estejam próximas a tomar uma decisão de deixar a empresa.
  2. Considerar a realidade da força de trabalho de hoje, não as experiências do passado – os indivíduos que pertencem à geração baby boomer ou X em geral não sentem necessidade de reconhecimento no mesmo nível que a geração Y ou Z. De fato, 71% dos colaboradores da geração X dizem que prefereriam mais tempo livre que aumentos salariais (o que faz sentido, pois precisam equilibrar as necessidades tanto de seus pais idosos quanto de seus filhos). Administrar os desejos da geração X e os da geração Y é crítico e, enfim, vantajoso para todos.
  3. O mercado de trabalho continua aquecido – 29% das pessoas que estão em busca de outro emprego dizem que a decisão de sair está fazendo com que se dediquem menos no trabalho. Metade delas declara que estão se esforçando muito menos. E aqueles que se sentem muito desmotivados podem estar no estado mental de improdutividade por meses ou até mesmo anos – e recebendo seus salários. As organizações devem tentar detetar esses colaboradores para reconquistá-los ou facilitar seu processo de desligamento.
Adaptado de “Why Employees Actually Leave”, publicado em http://www.compensationcafe.com/2013/01/why-employees-actually-leave-hint-its-not-money.html

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