26 de julho de 2013

Insights sobre recrutamento e seleção



Reproduzimos algumas dicas sobre processos de recrutamento e seleção da consultora Margaret Heffernan, que podem ser de interesse para os colegas de RH:

1. Utilize uma descrição de cargo que faça sentido
As melhores descrições de cargo não são aquelas que se limitam a listar as responsabilidades, formação e conhecimentos necessários. Elas devem definir como é esperado que o ocupante desenvolva seu trabalho e o tipo de ambiente do qual o  ocupante irá fazer parte. Por exemplo, se o ambiente interno é competitivo, onde as equipes se degladiam por resultados, isso tem que ser dito. Se o relacionamento com clientes é crítico para o negócio, não assuma que o candidato é empático por natureza. Se o gestor do cargo é centralizador, um candidato proativo terá vida curta na organização, e assim por diante. Na verdade, quando se fala de habilidades, a intensidade requerida pelo ocupante em seu dia a dia é tão ou mais importante quanto a habilidade propriamente dita.
2.    Procure primeiro pelos talentos da casa
Será que dentro da própria organização não existem talentos que merecem uma oportunidade? Recrutamentos internos tendem a ser melhores; assim se alguém de dentro for promovido, os riscos são bastante reduzidos. Então, é necessário um esforço para descobrir o que a empresa já tem antes de procurar lá fora.
3.    Alinhe o processo de R/S com os valores da empresa
Se a organização valoriza o trabalho em equipe, então permitir que apenas uma pessoa decida sobre a contratação não faz sentido. Se a intuição é valorizada, então buscar consenso sobre o melhor candidato com um monte de pessoas também não funciona. Se a empresa deseja candidatos criativos e que gostam de assumir riscos, não imponha testes ridiculamente complicados, que humilham as pessoas que não conseguirem resolvê-los.
4.    Utilize avaliação profissional para executivos
A maioria dos profissionais de RH não acredita que apenas entrevistas são suficientes para avaliar um candidato. Assim, estes passam por testes e dinâmicas, exceto quando se trata de executivos, para os quais são feitas entrevistas pelos executivos seniores da empresa – que, na maior parte das vezes não têm nenhuma formação ou técnicas para uma decisão isenta. Para boas escolhas, é necessária a participação de um consultor externo, que pode avaliar melhor o perfil e qualidade dos candidatos, verificando se são adequadas para a cultura da empresa.
5.    Preste atenção às vozes dissonantes
Se todo mundo adorou o candidato que RH recomendou, alguma coisa está errada. Nenhuma contratação é perfeita e deve existir alguma discordância ou dúvida entre os envolvidos no processo. Quais são as fraquezas do candidato? Podem não ser críticas, mas elas existem e é melhor identificá-las e decidir como lidar com elas logo no início.
6.    Analise a discussão sobre a remuneração do candidato
A maneira com a qual as pessoas lidam com dinheiro mostra muito de como elas se comportarão com fornecedores, parceiros e clientes. Se você não gostar do que ouvir, desista desse candidato.
7.    Indique mentores
Algumas organizações são muito ruins em explicar elas mesmas para os outros. As contratações para ocupantes de cargos importantes devem ter alguém que consiga lidar com as perguntas do colaborador admitido. Naturalmente, esse mentor não deve ser o chefe do cargo. É importante que a empresa possua muitas pessoas capacitadas em processos de mentoring – se a organização é boa com seus colaboradores, provavelmente também o será com seus clientes. Atividades de mentoring com novos colaboradores é um excelente treino para a liderança.
8.    Não “venda” sua empresa
O processo de recrutamento trata de obtenção de informações sobre os candidatos, não de persuasão. RH não deve tentar vender a empresa como o melhor lugar para se trabalhar, nem o candidato deve vender-se como a melhor aquisição que a empresa poderia fazer. O processo deve estar baseado em discussões adultas e inteligentes sobre o que a empresa deseja e deve ficar restrita sobre fatos da vida profissional e pessoal dos candidatos. As conversas devem ser honestas e adequadas.

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