30 de agosto de 2012

As características dos alto – potenciais


Tommaso Russo

Na medida em a empresa fica grande demais para que o dono possa tomar conta de tudo (não, isso não acontece apenas em empresas pequenas), pelo menos parte dos processos deve ser (de verdade) delegada. Por motivos bastante simples – motivação da pessoas, economia e sossego de espírito – o ideal é formar a nova geração de líderes  a partir dos colaboradores que já estão na empresa. Mas nem sempre o funcionário leal, que está há muitos anos na empresa, é realmente o indicado para tornar-se um líder.
Alguns deles já atingiram seu potencial e estão confortáveis no lugar onde estão. Isso não quer dizer que sejam medíocres: significa apenas que seu papel na organização e sua ambição convergiram e atingiram um equilíbrio estável. Outros podem estar certos de seu potencial ilimitado e totalmente cegos às evidências que mostram que chegaram ao máximo que podiam.
Então, como é possível decidir entre os mais talentosos? Eis alguns critérios que podem ser usados:
1.    Conhecem o negócio, a fundo – os melhores potenciais são aqueles que detêm verdadeiro conhecimento e que continuam aprendendo. O conhecimento pode ser técnico ou institucional, mas é inestimável para a empresa. E mais importantes, têm a perfeita noção de como suas atribuições, a área na qual trabalham, seu departamento e seu conhecimento afetam as metas da organização.
2.    São respeitados – seus colaboradores e não apenas o dono, devem reconhecer o quanto os alto-potenciais sabem. Não importa apenas que os líderes saibam que sabem. Todo mundo também precisa saber que eles sabem.
3.    São ambiciosos – os alto-potenciais não estão focados apenas nas suas carreiras: eles são ambiciosos de uma forma bem focada. Essa característica pode ser avaliada pelo seu comprometimento ao longo de sua evolução da carreira. Deve ser observado se eles anseiam por novas responsabilidades, novos desafios, novos conhecimentos e, para o bem ou para o mal, reconhecimento.
4.    Trabalham bem em equipe – os alto-potenciais devem ser capazes de estabelecer parcerias com outras pessoas além do dono. É uma atitude que transcende a camaradagem: é uma habilidade pragmática, tática, que permite com que tomem decisões mais bem embasadas e melhores. Os individualistas podem ser criativos e ambiciosos, mas são líderes ruins.
5.    Têm coragem – os líderes da nova geração devem possuir a clara noção que, não importa quantos estudos, quantas análises de custo-benefício e quantas pesquisas de mercado sejam feitas, as decisões serão tomadas sempre sob incerteza. Os dados disponíveis quase nunca são todos os dados necessários. Líderes devem ter coragem para correr riscos.
Embora os líderes da nova geração não precisem ser clones do dono, o dono precisa assegurar-se que eles têm as características que o levaram a criar e manter a empresa. Eles precisam conhecer o negócio. Precisam ter uma boa reputação entre os funcionários. Devem ser proativos, mas capazes de pedir e aceitar ajuda. Finalmente, devem ter a coragem para tomar decisões difíceis, mesmo havendo a possibilidade de errar. Isso é empreendedorismo.
Adaptado de “The 5 Traits of High-Potential Employees” , de Samuel Bacharach, em http://www.inc.com/welcome.html?destination=http://www.inc.com/samuel-bacharach/the-5-traits-of-high-potential-employees.html

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