30 de agosto de 2012

A próxima geração de RH


Tommaso Russo
 
O Hay Group conduziu pesquisa entre março e abril deste ano, envolvendo 1400 organizações em 80 países(*). O foco da pesquisa foi tentar responder porque o desempenho do RH tem ficado abaixo das expectativas das empresas no tocante ao papel estratégico do capital humano no longo prazo.

Do extenso relatório produzido, destacamos alguns pontos de maior interesse na rotina das empresas brasileiras.

Prioridades do RH

As empresas estão focadas no crescimento, com menor ênfase na redução de custos e maior na maximização da produtividade e lucratividade. Isto está refletido na mudança de prioridades para o RH: de uma visão de redução de custos a curto prazo para a construção do futuro.

As mudanças nas prioridades de RH
(em ordem de prioridade crescente)




Mudanças significativas nos próximos 5 anos



Cargos e seus ocupantes

Um aspecto apontado na pesquisa é que 52% das empresas pesquisadas não tinham confiança de ter as pessoas certas nos cargos certos. Isso pode ser resultado de falta de investimento nas pessoas ou falta de entendimento das características e atribuições dos cargos ou a inabilidade de combinar pessoas aos cargos. Com isso, as organizações acabam tendo funções críticas mal desempenhadas ou potenciais talentos presos a cargos para os quais não são adequados. Assim, os recursos necessários para entender, analisar e medir o desempenho do ocupante de um cargo passa de uma visão de mais um custo a ser reduzido para o de um investimento que resultará em retorno pelo aumento de desempenho.

Os silos de RH


Avaliação da medida que RH contribui na estratégia da organização
(Escala de 1 a 7)

O RH frequentemente tem dificuldades em ter seu papel estratégico reconhecido por parte das chefias e gerências, que se frustram com a multiplicidade de modelos e sistemas de RH e que têm a impressão que os colaboradores dos diversos subsistemas de RH não conversam entre si. O que os gestores desejam do RH são resultados e não a preocupação com os sistemas internos.

A pressão em apresentar postura mais estratégica, é crítico que subsistemas (silos) ineficientes sejam eliminados e que sejam criados melhores meios para a contribuição com o sucesso da organização.

Em sua essência, gestão de pessoas é a melhor disponibilização de recursos para fazer o que deve ser feito para que a empresa atinja seus resultados. É garantir que a organização está pronta para desenvolver sua estratégia, que os cargos necessários para que a empresa funcione estão ocupados por pessoal capacitado e que estejam motivados para apresentar o desempenho desejado.

O DNA do RH estratégico é baseado no entendimento do negócio e entendimento das pessoas.


(*) Next generation HR – disponível em www.haygroup.com.

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