30 de maio de 2012

Liderança e Integridade



Tommaso Russo

Recentemente, tiver a oportunidade de ler o livro Virei supervisor, e agora?, da colega Beth Martins. O tema desenvolve o curso de mesmo nome ministrado pela autora na Integração Escola de Negócios e descreve com detalhes os pontos fundamentais que os líderes de equipes devem desenvolver para serem bem sucedidos na função.

Gostaria apenas de contribuir com um aspecto adicional do papel do líder de equipes que talvez não tenha muito a ver com habilidades, mas sim com atitudes, que podem fazer a diferença na carreira desses profissionais recém-promovidos em busca de cargos mais altos. Refiro-me ao conceito de Integridade, muito relacionado aos valores pessoais e à ética no trabalho.

Integridade pode ser definida como inteireza, completude. O íntegro é uma pessoa reta, imparcial, inatacável.
Dados os exemplos que lemos nos jornais a respeito do comportamento de homens públicos ou das origens das crises financeiras que o mundo está envolvido, é importante que nos perguntemos com frequência: Como posso garantir que minha integridade, enquanto profissional, não está sendo posta de lado em troca do sucesso?
Essa questão é importante às chefias que almejam serem líderes porque, ao contrário do que possa parecer, a perda de integridade é um assassino silencioso da liderança. A eterna vigilância é a chave para manter-se íntegro.  Esse valor pode ir-se desgastando lentamente com o tempo, sem que os outros percebam as violações da integridade por parte daqueles que participam de práticas questionáveis.
A opinião dos outros é poderosa: uma pequena conduta antiética aqui, uma mentirinha ali, existirá sempre uma justificativa para uma ação que vai contra os princípios da integridade. De repente, alguém junta as peças e percebe que alguma coisa está errada, mas aí é tarde demais. Uma gota torna-se uma corrente e depois uma inundação que atinge os subordinados, clientes e todos aqueles que confiavam na sua liderança.
Como podemos nos garantir que não sejamos apanhados em uma conduta antiética ou imoral?
Em primeiro lugar, estabelecendo seus valores e prenda-se a eles. Se for necessário, escreva-os e deixe-os visíveis em seu local de trabalho. São os pilares que irão mantê-lo íntegro.
Confie em seus instintos quando alguma coisa parece não estar certa. Se tiver dúvidas, discuta com pessoas de sua confiança.
Estabeleça suas prioridades e pergunte a si mesmo o que é importante para você ao lidar, com base em seus valores, com situações difíceis, nas quais você sente que haja problemas. Você, ou alguém em sua organização, está prestes a agir de uma maneira que não está alinhada com seu sentido de integridade. O que você faz? Para manter sua integridade você deve:
  • Manifestar-se com firmeza e com respeito; é fundamental que você o faça, não importando o quão difícil isso possa ser.
  • Observar a reação dos envolvidos. Ouvem o que você diz ou defendem seu ponto de vista com veemência?
  • Estar preparado para ir embora se isso for necessário, ou seja, demita-se. Pode parecer drástico demais, mas se esses valores são realmente importantes, o que significa ficar e compactuar com uma organização que contrarie esses valores?
Ao tomar posição contra atitudes antiéticas, imorais ou desonestas, você está fazendo seu pedaço de mundo melhor com seu exemplo. Certamente, sua atitude será muito valorizada em empresas – que são a maioria – onde os valores contam.

Baseado no artigo A Silent Leadership Killer, de Mary Joe Asmus, publicado em http://smartblogs.com/leadership/2012/04/18/a-silent-leadership-killer/

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