24 de fevereiro de 2012

Comportamentos que podem detonar uma equipe

Tommaso Russo


A competência “saber trabalhar em equipe” aparece em 10 entre 10 programas de avaliação de desempenho, significando a disponibilidade para ajudar, respeito ao ponto de vista dos outros, valorização da coesão, etc.
Infelizmente, a perspectiva dessa avaliação é sempre individual. A chefia sente que o time tem problemas – metas de produção não atingidas, atrasos nos projetos, uma estranha vibração no ar... E como as manchetes (futebol, escolas de samba, passageiros de trens de subúrbio) demonstram repetidamente, os comportamentos individuais transformam-se – geralmente para pior – na dinâmica dos grupos.
Assim, é difícil obter dados objetivos dos motivos pelos quais uma equipe não funciona. Resta ao perplexo gestor observar a ocorrência de alguns comportamentos da equipe e, a partir daí, tentar equilibrar as coisas. No limite, quando o deixa-disso não funciona mais, uma intervenção mais dura é necessária.
 
Uma ocasião conveniente para essa observação é durante reuniões gerais da equipe. Com paciência e isenção, se as chefia observar alguns dos comportamentos abaixo, deve reagir antes que seja tarde demais:
As Panelas – subgrupos com características pessoais muito diferentes, que não dividem seu conhecimento nem se importam em fornecer apoio ou feedback aos “de fora”;
As Piranhas – indivíduos que sabotam a colaboração entre membros do grupo, bloqueiam o fluxo de ideias e destroem os resultados – utilizam deliberadamente a manipulação, coerção e sabotagem para obter vantagens pessoais;
Os Complacentes – comportamento encontrado em equipes compostas por colaboradores com muito tempo de casa: tudo deve continuar do jeito estabelecido há muitos anos; nada de novas ideias, inovação e novas maneiras de fazer as coisas. Há verdadeiro pânico em sair da zona de conforto: gatos gordos, enfim;
As Usinas de ar quente – pessoas que prometem o mundo, mas entregam quase nada. Campeões das desculpas verdadeiras;
A Competição interna – subgrupos com convicções opostas de como as coisas devem ser feitas; decisões da chefia que favorecem um dos pontos de vista não são acatadas pelo grupo ”perdedor” – mais ou menos no estilo “se você não for minha, não vai ser de mais ninguém”;
Isso não vai funcionar... – membros do time que têm certeza que determinadas estratégias não irão funcionar, mesmo se comprovadas em outras áreas ou outras empresas. Naturalmente, sem a colaboração do grupo, não irá dar certo mesmo. E dá-lhe “eu não disse?”;
Os Periscópios – são pessoas que não estão se importam com o grupo; focam-se no departamento, na sua carreira e em seu ego avantajado;
Os Passivos-agressivos – deixar para amanhã, teimosia, ressentimentos, mau-humor. Incapacidade de atingir metas ou executar as tarefas de rotina. Normalmente, são pessoas com personalidade forte, que tentam sabotar as chefias e a organização;
Cliente, que cliente? – simplesmente ignoram as necessidades de seus clientes internos, ou pior, externos. É assim que fazemos aqui; se não gostar, procure outro...
Formar equipes de alto desempenho requer tempo, paciência e persistência. Os comportamentos acima são alguns os quais podem detonar todo o esforço e recursos despendidos na construção de times que são as melhores ferramentas para o sucesso de qualquer organização.
                                              
Baseado no artigo 10 Destructive Behaviors That Can Bring Down a Team’s Success, de Deb Spicer, em http://www.tlnt.com/2012/01/10/10-destructive-behaviors-that-can-bring-down-a-team%E2%80%99s-success/

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