30 de abril de 2015

Algumas práticas ineficazes em R/S que podem ser evitadas



Tommaso Russo



A vida de um recrutador não é fácil. As pressões pelo preenchimento rápido de uma vaga e a preocupação de trazer apenas as “pessoas certas” para os processos são cada vez maiores e estressantes.
Às vezes algumas práticas enraizadas nas organizações acabam tornando esse trabalho ainda mais penoso, ao escolher pessoas que trarão mais problemas que resultados para a organização.
Seguem abaixo algumas práticas que deveriam ser repensadas e que podem ajudar em muito o sucesso dos processos de Recrutamento e Seleção.
Recusar candidatos qualificados demais
Não contratar alguém que se julga qualificado demais para a vaga, achando que ele não vai ficar muito tempo, que irá sentir-se desmotivado, será muito caro e assim por diante pode ser representar uma visão equivocada de curto prazo. Essa atitude pode não estar levando em consideração que um candidato com melhores qualificações pode progredir muito mais rapidamente e levar a resultados melhores.
Falta de responsabilização da chefia na escolha do candidato
Contratar alguém “para ontem”, apenas para preencher uma vaga rapidamente acaba trazendo pessoas com foco apenas no curtíssimo prazo, não considera os problemas que irão acontecer no médio e longo prazo. Má escolhas irão levar a maior rotatividade – afinal contratar é um problema do RH. É necessário que a chefia seja responsabilizada por não participar do processo de seleção.
Confiar demais nas entrevistas e testes comportamentais
É claro que é importante conhecer a personalidade e a natureza do candidato. Muitas vezes, porém, o comportamento passado não consegue prever como uma pessoa irá se comportar no futuro.
Utilizar uma comissão para decidir sobre o melhor candidato.
Nem sempre o consenso é o melhor modo de conduzir uma contratação por comitê. A Escolha por consenso pode resultar na escolha do candidato mais popular ou mais sedutor ao invés do melhor qualificado ou não contratar a melhor pessoa porque um dos membros do comitê “não foi com a cara” dela. Afinal, um processo de seleção consiste em escolher o melhor ocupante para o cargo e não o mais simpático ou charmoso.
Ignorar a “primeira impressão”
Quando os entrevistadores nivelam as competências com “eu gostei dele”, podemos ter problemas. Achar que alguém pode ser o candidato ideal porque todos gostaram dele – ou achando que ele não pode ser bom no caso contrário –coloca um processo de seleção no mesmo nível de um concurso de popularidade.
Oferecer salários abaixo do mercado
Remuneração pouco competitiva faz com que as organizações percam bons candidatos. Pesquisas salariais e de remuneração total devem ser feitas antes de definir o pacote de remuneração de uma nova vaga. Tentar fazer economia na hora de admitir pessoas só pode resultar na contratação de pessoas medíocres.
Contratar alguém por ele ter “a cara da organização”
Não há nada de errado em contratar alguém que é parecido com a maioria dos colaboradores da empresa, mas mais do mesmo pode causar problemas no futuro. Trazer pessoas com ideias diferentes e perspectivas diferentes de vez em quando fortalece a criatividade e a flexibilidade do negócio.
Insistir em competências genéricas
Provavelmente a empresa não quer um exército de clones, mas quando o processo de seleção insiste que os candidatos apresentem sempre as mesmas competências genéricas, é o que pode acontecer, além de dificultar os esforços para a diversidade da força de trabalho.
Eliminar candidatos menos qualificados sem uma análise
Uma boa parte dos colaboradores acaba tendo um excelente desempenho no trabalho, mesmo possuindo habilidades inferiores aos melhores qualificados para o cargo. Isso acontece porque essas pessoas acabam se dedicando mais em atingir os resultados esperados e buscam seu desenvolvimento. Melhor basear a seleção em potencial e personalidade que apenas em conteúdo dos CVs.
Dependendo de fontes de recrutamento fracas
Uma estratégia de recrutamento inadequada (utilizando fontes de busca de candidatos “baratas” e “rápidas”) pode ser um grande dificultador para obter bons candidatos. Grande parte dos talentos encontram empregos através de referências. Vale a pena organizar e tornar disponíveis boas fontes de referências, tanto internas quanto externas.




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