27 de outubro de 2014

Comportamentos piores que o assédio moral no trabalho


Tommaso Russo


Um estudo realizado junto a 3.400 trabalhadores americanos em todos os tipos de organização revelou que um terço deles sofreu algum tipo de assédio moral no ambiente de trabalho e aproximadamente 20% destes foram forçados a deixar o emprego como consequência.
Entre outros aspectos, o assédio consistiu em um sentimento de que as pessoas eram objeto de fofocas, levavam a culpa por erros que não tinham cometido e eram constantemente criticadas.
Porém, tão prejudicial quanto o assédio, existe algo bem pior para o bem estar físico e psíquico das pessoas no trabalho, segundo novas pesquisas desenvolvidas pela Universidade de British Columbia (Canadá).
Esses estudos mostraram que simplesmente ignorar colegas no ambiente de trabalho seria significativamente menos prejudicial que assediá-los, sendo considerado um comportamento socialmente aceitável.
Entretanto, foi constatado que ser ignorado é mais prejudicial a um indivíduo que sofrer assédio moral direto.
Comparadas com pessoas que sofreram algum tipo de assédio, aquelas que se sentiram ignoradas pelos colegas teriam uma tendência maior de desligar-se da empresa e apresentaram uma maior quantidade de problemas de saúde.
Um dos autores do estudo comenta: “Fomos educados que ignorar alguém é socialmente preferível – se você não tiver nada de bom para falar, então não fale nada. Mas o ostracismo faz com que as pessoas sintam-se desamparadas, não merecendo nenhum tipo de atenção dos outros”.
Pessoas que tiveram experiências com ostracismo nas organizações têm maior probabilidade de deixarem seu emprego em um período de até 3 anos. Em comparação, aqueles que sofreram assédio não tinham probabilidade maior de sair.
O pesquisador conclui: “Existe um grande esforço por parte da sociedade em combater o assédio moral no trabalho e nas escolas, o que é importante. Mas o abuso nem sempre é explícito e óbvio. Existem muitas pessoas que se sentem perseguidas pelo silêncio e pelo desprezo em sua vida diária e a maioria de nossas estratégias em lidar com as injustiças no ambiente de trabalho não levam esses casos em consideração”.
Referências: http://www.spring.org.uk/2014/09/the-workplace-behaviour-that-is-unexpectedly-worse-than-bullying.php?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+PsychologyBlog+%28PsyBlog%29

2 comentários:

  1. Tommaso Russo,

    Para você ter postado este tipo de informação é porque é humano e tem sensibilidade, além de ser profissional no seu ramo.
    Atenciosamente,
    Aurélio Barbato

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