27 de dezembro de 2013

Treinamento e Desenvolvimento para atrair e reter talentos

Tommaso Russo
O estabelecimento de um ambiente de trabalho no qual colaboradores talentosos possam desenvolver-se continuamente pode ser a resposta para a guerra pela atração e retenção de pessoas capacitadas e produtivas.
Os talentos buscam organizações onde possam crescer profissional e pessoalmente e são atraídos por empresas que, reconhecidamente, oferecem essas oportunidades a seus colaboradores. As pessoas que as empresas buscam para alavancar o engajamento e resultados são as mesmas que não querem que sua carreira fique estagnada. Pessoas que buscam seu desenvolvimento contínuo são aquelas também as que a empresas deveriam atrair e reter.
Se as organizações realmente levam a sério a atração, retenção e desenvolvimento de colaboradores de alta qualidade, elas deveriam ver a si mesmas como plataformas para o crescimento de talentos, onde as pessoas podem crescer mais rapidamente que em outros lugares. Por sua vez, isso cria um círculo virtuoso onde os próprios talentos criam mais oportunidades para o crescimento e desenvolvimento, na medida em que a própria organização cresce e se desenvolve.
Além dos programas formais de treinamento, um ambiente que incentiva a troca de conhecimento e experiências diariamente é responsável pela maior parcela no desenvolvimento de seus colaboradores. Estima-se que o treinamento informal é responsável por 70% do volume de conhecimento adquirido em uma organização.
Muitas empresas reconhecem a importância do treinamento informal, mas ainda fazem pouco para facilitar essa prática.O incentivo às interações entre colaboradores e à troca de conhecimentos pode fazer maravilhas para a motivação e para o reconhecimento pelo mercado da empresa como um local de crescimento pessoal dos colaboradores.
Esse treinamento constante naturalmente faz com que seus colaboradores possam crescer além dos cargos que ocupam, viabilizando a movimentação interna sistemática. O recrutamento interno, como as empresas reconhecem, é mais eficiente, rápido e barato que a busca por profissionais no mercado, especialmente quando olhamos para as posições superiores no organograma.
Ou seja, políticas de T&D voltadas para o crescimento profissional e para a sucessão das vagas abertas é uma clara atitude ganha-ganha. Colaboradores promovidos internamente tendem a permanecer mais tempo na empresa e candidatos externos são atraídos pelas possibilidades de crescimento dentro das carreiras, na medida em que essas políticas são adequadamente divulgadas e comprovadas por indicadores pela área de Recrutamento e Seleção.
Atualmente, mesmo os cargos ditos de entrada nas organizações (ou seja, cargos na escala inferior dos planos de carreira) demandam um mínimo de dois anos de experiência. Talvez esse seja um dos fatores que provoquem a “falta de gente qualificada” no mercado de trabalho, pois acabam elevando as exigências em relação a possíveis candidatos, muitos deles com bom potencial. Em parte, a especificação de tempo mínimo de experiência nas descrições de cargos de entrada seja consequência do fato que as empresas não ofereçam treinamento suficiente.
Se a empresas aceitassem candidatos a cargos de entrada com experiência anterior não especificada (que poderia ser zero) e que treinamento básico fosse oferecido internamente, admissões seriam mais rápidas, de menor custo e resultariam em pessoas de potencial, motivadas pelas oportunidades de aprendizado e crescimento interno.

Baseado no artigo How Training Can Help Attract The Talent You Need, publicado em http://www.tlnt.com/2013/10/01/how-training-can-help-attract-the-talent-you-need/

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